Aguada de Cima
Número de habitantes: 6000
Área: 2755 ha
Lugares: Aguadalte, Almas da Areosa, Bustelo, Cabeço Grande, Cabeço da Lama, Cadaval, Canavai, Carvalhitos, Corsa, Engenho, Forcada, Formigueiro, Forno, Garrido, Ilha, Ínsua, Miragaia, Monte Verde, Pisão, Pisão da Forcada, Outeiro, Pousadouros, Póvoa de Baixo, Póvoa de S. Domingos, Póvoa do Teso, Póvoa do Vale do Trigo, S. Martinho, Seixo, Teso, Vale Grande, Vale de Lobo e Vila
Pela sua situação e pela proximidade relativa, esta povoação, que é muito antiga e foi sede de um concelho, é muitas vezes confundida, nos velhos escritos documentais, com Aguada de Baixo. Por outro lado, pela antiga semelhança do nome e pela designação do próprio orago, Santa Eulália, com a própria vila de Águeda.
As duas Aguadas, estão sobranceiras e usufruem do fértil e esplendoroso vale do rio Cértima.
A igreja paroquial de aguada de Cima merece uma visita durante a qual se torna imperativa a observação de algumas peças. É uma construção dos principios do século XVIII, em que se podem adivimhar quaisquer reconstrução e reparações posteriores, com cantaria de pedra calcária.
No interior, apresenta três retábulos de madeira trabalhada com talha dourada. Nota-se um conjunto de colunas torcidas, envolvidas por ramos de vinha. O retábulo mais importante é suportado por quatro colunas salomónicas com ornamentação condizente de flores e de símbolos cristãos. Duas esculturas de madeira do século XVIII: Santa Eufêmia e a Trindade. De calcário trabalhado, uma imagem de Santa Luzia do século XV; do mesmo século, uma escultura notável da Virgem com o Menino que se designa por Virgem do Rosário. Peça notável, de carácter excepcional, é o púlpito, do século XVIII, em pedra Ançã. Trata-se de um delicadíssimo trabalho de pedra lavrada, onde não há qualquer superfície lisa como se fosse obra de talha em madeira, mas a que a própria pedra dá um brilho peculiar; no centro, em cima, uma vieira como símbolo cristão do baptismo, deixando revelar, na parte inferior, uma pequena cruz.
Imagem de Santa Luzia (séc.XV) Retábulo do Altar-mor da Igreja
Foi, durante largos anos, e aimda é, cartaz turístico de grande atracção popular o Santuário das Almas Santas da Areosa, fulcro eminente impulsionador de uma das maiores e mais características romarias da região, a onde afluem pessoas de todo o distrito e, particularmente, da Bairrada.
Capela da Almas da Areosa
Em Outubro de 1775, o Dr. José Sanches de Sousa, prior de Aguada, viu registado o seu pedido de bênção para a Capela das Almas do Purgatório da Areosa.
A Capela de edificação octogonal, tem lados desiguais. Todas as esquinas ou arestas que suportam as paredes, com forma de coluna toscana, são encimadas por fogaréus e, na linha perpendicular da porta da entrada principal, está imposta uma forte cruz.
De Julho de 1738, é conhecido o requerimento ao Dr. Brás Ferreira deS. José, natural de Aguada de Cima, para a obtenção de licença de construção da Capela de Nossa Senhora das Necessidades e das Almas do Purgatório em Aguadela, no local onde acabam as cruzes da Via-Sacra que começam na Capela do Espírito Santo, em Aguada de Cima.
Em Julho de 1875, os moradores do lugar de Bustelo de Aguada de Cima apresentaram ao provisor do Bispado de Aveiro um requerimento para que fosse benzida a Capela de S. João, segundo o ritual romano.
De Novembro de 1887, é anotado o auto de verificação da Capela pública do lugar da Forcada, freguesia de Aguada de Cima.
A Capela de São Martinho é um modesto edifício que encerra um pequeno altar de madeira do século XVII bem como duas pequenas esculturas populares do mesmo século: a de São Martinho e a de São Silvestre.
A Capela do Vale Grande, um edifício reconstruído, é consagrado a Santa Isabel, Rainha de Portugal, cuja imagem, do século XVII, ostente as suas flores, conhecidas através do chamado Milagre das Rosas.
Também, na freguesia de Aguada de Cima, nos dias 2 e 17 de cada mês, se realizam feiras.