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Tradições

        Destaca-se o artesanato, que desde da olaria, até à cestaria, passando tecelagem ou a tanoaria, a latoaria, os rendados e os bordados

        As suas aldeias típicas Urgueira, Macieira de Alcoba ou Lourizela, deixam passar uma rusticidade impar.

        A etnografia do concelho está muito bem representada pelos vários grupos folclóricos do concelho com provas dadas internacionalmente.

 

                                                       Aguada de Cima

        Festa das Almas Santas da Areosa
        Trata-se de uma das Romarias mais importantes do concelho de Águeda. Realiza-se no Domingo de Pascoela. Ligada a esta Romaria ainda se vêm carros de bois enfeitados relembrando tempos antigos em que as pessoas se deslocavam nesses meios de transporte e ao mesmo tempo cumpriam as "suas Promessas" dando voltas à capela com os carros de bois.

 

        Festa dos tremoços
        Está ligada ao Pentecostes e à Festa de Senhora, em Outubro. Os mordomos da festa, durante a tarde desse dia distribuem tremoços por todas as pessoas que se dirigem às suas casas. Terão os tremoços ligação, no passado, a uma peste devastadora que assolou a terra? Terá um sentido de solidariedade, dos ricos para com os mais pobres, dado que acontece dentro de épocas de colheitas ?

        Os palmitos do Domingo de Ramos
        Os homens iam neste Dia à Missa e levavam na mão um palmito (folhas de palmeira enfeitadas com lacinhos de seda de várias cores), oferecido pelo Juiz da igreja. A beleza e a grandeza do palmito revelava o estrato social de quem os levava. Nos últimos anos, algumas pessoas têm-se juntado para recuperar esta tradição, embora os palmitos já se vejam nas mãos de homens e mulheres.

        Grupo do "Cacetório"
        Existiu em Aguada de Cima até à data em que a GNR foi para Águeda. Este grupo fazia o julgamento popular. Saíam à cena sempre que fosse ameaçada a moral pública e aplicavam justiça por suas próprias mãos e publicamente. Vestiam gabão, usavam um grande cacete como símbolo e tinham um sinal de "toca a reunir".

        A Escarpelada Típica e as Marchas Populares
        Dois acontecimentos do passado que são dinamizados pela secção cultural da LAAC (Liga dos Amigos de Aguada de Cima), embora mais a escarpelada do que as Marchas.
        Recriação duma escarpelada à moda antiga, também é feita na Forcada, precisamente no lugar onde outrora em muitas noites de Outono se cantava e dançava depois de se ter escarpelado o milho que o agricultor tinha nas eiras.


        A Volta ao Termo
        É a tradicional visita aos marcos e aos malhões da freguesia. Os marcos são de pedra e os malhões são de terra. Realiza-se todos os anos no sábado antes do Carnaval.

 

                                               Águeda

        Festa do Leitão à Bairrada (Mostra de Artesanato e Gastronomia)
        O objectivo consiste na actividade de promoção turística da terra e da região, na descoberta das riquezas e das potencialidades de um amplo e vasto concelho de caminhos artesanais e gastronómicos bem definidos e muito apreciados. O visitante deve apreciar o requinte da gastronomia, deixar-se deslumbrar pela beleza do artesanato e saborear o delicioso leitão assado à Bairrada, associado com o gélido espumante bruto das Caves da região.
        Sendo a região da Bairrada uma verdadeira fonte de bons néctares, no que diz respeito à vitivinicultura, temos um perfeito "casamento" entre os pratos gastronómicos e os bons vinhos da região demarcada da Bairrada.
        Esta festa permitiu também, desde o início, despertar para a Certificação do produto à promoção e divulgação da gastronomia regional com o seu ex-libris que é, sem dúvida, o leitão assado à Bairrada.
        Organização: ACOAG - Associação Comercial de Águeda
        Início da sua realização: 1994
        Data da sua realização anual: Setembro


        Festas da Nora
        Existem motivos acrescidos para visitar Bolfiar, terra de tradições e romarias, desde que o Núcleo Desportivo de Bolfiar voltou a montar a nora no rio Águeda e a organizar uma das mais pitorescas, concorridas e brilhantes festas que animam o verão no concelho de Águeda.
        A praia fluvial está uma delícia e o Nora-Bar e a sua esplanada são uma obra-prima dos carpinteiros de Bolfiar. Talvez seja esta a melhor homenagem aos seus antepassados que arregaçavam as calças e andavam no rio de anchó em punho, montando as noras contra a irreverência das águas límpidas do rio Águeda.
        A nora lá está, chiando de nostalgia em cada volta que dá. Que saudade das mondadeiras e dos catraios chapinhando nos regos talhados entre filas intermináveis de milho verde! Esta frescura continua presente no trabalho da Junta de Freguesia de Águeda e dos dinâmicos dirigentes do Núcleo, tornando aprazível a excelente praia fluvial, que já acolhe um verdadeiro enxame de veraneantes, no grande e limpo espelho de água, onde o Alfusqueiro e o Agadão misturam as suas águas e se passam a chamar Águeda.
        Organização: Núcleo Desportivo de Bolfiar
        Data da realização anual: Agosto

 

        Procissão do Senhor dos Passos
        Águeda celebra os Passos, tradição religiosa todos os anos renovada e viva, organizada pela Irmandade do Senhor Jesus - que teima em não deixar perder na memória do tempo cerimónias consideradas únicas no país. Não se sabe ao certo quando se terão realizado as primeiras procissões. A devoção do Senhor dos Passos vem de tempos muito remotos, mas há quem defenda os meados do século XVII, até mesmo um pouco antes, como muito prováveis.
        A procissão dos Passos é, sem dúvida, o mais alto expoente do culto religioso de Águeda, todos os anos repetida, perdurando impulsionada pela mesma fé e animada dos mesmos sentimentos.
        Organização: Irmandade do Senhor Jesus
        Data da realização anual: Março/Abril

 

                                                                  Espinhel

        Festas em honra de S. José Operário
        Casaínho do Baixo


                                                               Fermentelos

        Festival das Comunidades / Apanha do Moliço
        A Associação Pró-Emigrante organiza, em Agosto, o Festival das Comunidades. O programa normalmente inclui bandas, folclore, cantigas e fado, apanha do moliço, missa solene na Praça do Emigrante, provas desportivas na Pateira, almoço-convívio de atletas, participantes e convidados, sesta nas margens da Pateira, exibição de aeroclubes e lançamento de paraquedistas.
        A apanha do moliço é uma prática secular que a Associação Pró-Emigrante não quis ver acabada, que promove em Agosto, após muitos anos de interrupção. Todos os anos, no dia 25 de Agosto, era hábito, em Fermentelos, proceder à apanha do moliço, nas águas da Pateira, que servia para o adubamento das terras, chegando mesmo a fazer-se entre as gentes de Fermentelos disputas para ver quem conseguia mais. No ano de 1998, a iniciativa mobilizou várias pessoas, de várias gerações, aproveitando o dia para fazer um convívio entre os emigrantes que se encontram de férias, onde não faltaram os rojões e as batatas cozidas, para que a recriação fosse completa.
        Organização: Associação Pró-Emigrante
        Data da realização anual: Agosto

                                                      Macieira de Alcoba

        Milagre da Urgueira
        Foi em 1996 que a Associação Etnográfica Os Serranos deu início à reconstituição da romaria tradicional à N. Sra. da Guia, junto ao forno comunitário da Urgueira, na freguesia de Macieira de Alcoba. Logo no primeiro ano, juntaram-se cerca de 5000 pessoas, na mais alta e mítica aldeia serrana do concelho de Águeda, testemunhando um acontecimento invulgar, onde se casa e vive em harmonia a tradição, o povo e o folclore.
Os milhares de romeiros vão ver como é o folclore por dentro, sem artifícios nem distorções. Não há aparelhagem sonora, não há palcos e os grupos rivalizam entre si, actuando em simultâneo para conquistar a atenção da multidão. Tal como se fazia espontaneamente há muitas desenas de anos atrás.
        A festa começa com a espontaneadade das actividades naturais e desejadas. Quando as concertinas minhotas, ou os acordeãos da Extrematura ou do Alentejo ou as gaitas de foles da Galiza lançarem o desafio, o festival fica imparável e três terreiros nem são demais para satisfazer a fome de exibição, a vaidade das tocatas e a prosa das moças e dos rapazes que dançam. A perícia e o talento das músicas é posta à grande prova e o entusiasmo não tem limites. Com este ambiente, a Urgueira torna-se no grande folclódromo da região.
        Os Serranos têm a fama de receber bem e de não descuidar a organização. Tanta animação pede substância e alimento, quer para o corpo, quer para a alma. Este será, portanto, outro motivo para subir até à Urgueira, para além da excepcional paisagem que se perde na linha azul do mar e nos braços estendidos da ria de Aveiro, que se espreguiçam entre Ovar e Mira, num acto que se desculpa e compreende.
        Organização: Associação Etnográfica "Os Serranos"
        Re-início da sua realização: 1996

        Ceia Serrana
        A Ceia Serrana acolhe algumas centenas de pessoas, que atempadamente se inscrevem. Com uma tradição que tem raízes em 1984, pela iniciativa de Francisco Silva e outros seus colaboradores que ainda hoje se mantem. A ceia serrana é uma realidade que exemplifica a generalidade das obras serranas. A ceia é simples, genuína, forte, paladosa e muito animada. A gastronomia serrana não é especialmente elaborada: é muito simples! Mas a autenticidade da substância e dos métodos confere-lhe um encanto especial. Azeite novo!... como invade os sentidos, subindo nas espirais do vapor que sobe das couves fumegantes e acamadas ao lado da queixada de bacalhau. Um rabo de sardinha amarela, salpicado de alho miudinho, também espreita por entre duas lascas de bacalhau seco ao sol húmido da Gafanha.
        Depois de estimulados os sentidos com paladares do passado, lá virá a fartura serrana com esplendor e técnica tradicional: rojões e chouriço com nabiças. Quando começarem as vozes de canto e acordes de concertina, também virão as rabanadas e os bilharacos. Por hábito, também se lhe juntam aletria e cavaquinhos, arroz doce, violões e violas toeiras, "orelha de frade" e a rabeca d'Os Serranos. E mais as vozes por dois ou três oitavas. Como também é habitual cada participante terá que levar prato e colher. É a forma de partilhar. As contas são feitas no local, partilhando e dividindo uma despesa simples por todos os inscritos.
        Organização: Associação Etnográfica "Os Serranos"
        Local: Itinerante pelas aldeias da encosta ocidental da Serra do Caramulo
        Data da realização anual: Novembro Início da sua realização: 1984

 

                                                    Macinhata do Vouga
      
  Festa do Porco
        Jafafe

 

                                                             Travassô


        Queima do Judas
        A Queima do Judas é uma tradição satânica que perdura há vários séculos, mantendo vivo o espírito com que foi criada.
        Data da realização anual: Março

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