Aguada de Baixo

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    Número de habitantes: 1700

    Área: 388 ha

    Lugares: Aguadela, Alto da Póvoa, Bicaranho, Landiosa, Passadouro e Vale do Grou

    Esta freguesia, tanto quanto algumas outras suas irmãs, que centraliza campos férteis na margem do Cértima, foi terra de chegada e de fixação, mas foi também terra de passagem. Povos primitivos constituíram os núcleos de seus primeiros habitantes, oa quais suportaram a vinda de intrusos ao longo dos tempos, tendo-se descoberto, a pouco e pouco, numerosos vestígios da sua existência secular. De facto, se os Túrdulos por aqui se estabeleceram, certo é também que tem sido apreciada e estudada a presença pré-histórica no vale do Cértima. Por aqui passaram e também se fixaram os Romanos e, durante a invasão dos Bárbaros e, depois, com a ocupação árabe, este aglomerado populacional suportou as agruras da dominação; parece,contudo, que as suas gentes não abandonaram o seu farto solo, a que estariam ligadas por profundos laços de atracção pela sobrevivência.

    Documenta-se que, em 957, Iderquina Pala cedeu à Igreja de São Salvador de Viseu a vila rústica de Aguada e a sua Igreja de São Martinho. Em 961, foram anexados ao Convento de Lorvão vários bens juntamente com aquela Igreja e a respectiva povoação.

    Muito posteriormente, no século XII, no ano de 1132, 15 de Fevereiro, foi concedida Carta de Couto ao bispo de Coimbra, para Barrô e Aguada de Baixo, mediante certa quantidade de morabitinos de ouro, indicando-se as Aguadas de jusãa e de susãa.

    Mais tarde, a povoação teve foral novo de D. Manuel I, em 1514.

    Pensa-se que a Igreja Paroquial, cujo padroeiro é São Martinho, Bispo, não estava situada no local onde se eleva a actual e que esta teria resultado da ampliação da antiga capela de Santo Amaro. Alguns elementos utilizados na sua construção são peças trabalhadas dos séculos XVII e XVIII. No seu interior, expõe-se a escultura de São Martinho do século XV, paramentado, com báculo segurado pela mão esquerda, de mitra, em posição de bênção com a mão direita. A escultura de Santo Amaro, orago da velha capela de seu nome, trabalhada em madeira. Uma bela cruz processional do século XVII.

    Próxima da povoação, a edificação, do século XVII, da capela dedicada ao Espírito Santo. Possui a escultura da Trindade, também do século XVII, trabalhada em pedra. A Virgem com o Menino, do século XVI, é també de calcário.

    Na aldeia, em cruzamento de estradas, eleva-se um cruzeiro de templete, do tipo do século XVII, uma robusta construção assente em quatro colunas de calcário e protegendo uma cruz com Cristo sobre um pedestal que é também uma coluna, embora mais baixa.

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